Hoje, nós vamos começar a olhar mais de perto algumas dessas competências, entendendo não apenas o que se espera de cada uma delas, mas também vendo alguns exemplos práticos de como elas se encaixam no nosso dia a dia. Bora começar?
O homem e a comunicação
Você já parou para pensar sobre a relação do homem com a comunicação? Vamos começar entendendo uma frase bastante importante:
O homem é um ser social.
Quando pensamos em sociedade, estamos falando de um grupo de pessoas que vivem em um mesmo tempo e espaço. Dizer que o ser humano é um animal social significa que nós, por nossa natureza humana, somos incapazes de viver em total isolamento; estamos sempre nos unindo em “bandos”.
Pense em nos bebês: somos, do reino animal, a espécie com menor condição de sobrevivência autônoma. Enquanto alguns animais já nascem “independentes”, nós dependemos integralmente do outro para o nosso desenvolvimento nos primeiros anos de vida. E é justamente porque não podemos/sabemos viver sozinhos que precisamos aprimorar a nossa comunicação.
Não é certo dizer que a comunicação seja exclusiva dos homens. Animais se comunicam, ainda que de forma bastante primitiva. Se você convive com algum animal de estimação sabe que eles possuem uma linguagem própria que permite uma comunicação básica com seus pares (outros animais) e conosco. Assim, sabemos quando estão com fome, sede, medo…
A nossa comunicação, no início das nossas vidas, também é bastante reduzida: o bebê comunica os seus desconfortos a partir de uma única linguagem – o choro. Mas nós, seres humanos, sofisticamos a linguagem e desenvolvemos a(s) língua(s): um código específico, formado por palavras e expressões e que é usado por um povo.
Então, estamos sempre nos comunicando?
Na verdade, não… mas deveríamos!
De acordo com o dicionário Aurélio, Comunicar é “pôr em contato ou relação; estabelecer comunicação entre; ligar, unir”. Essa definição deixa claro que a comunicação é algo que envolve (pelo menos) duas partes. Portanto, não basta que o emissor (aquele que fala ou escreve uma mensagem) compreenda aquilo que se deseja dizer, o receptor (aquele a quem a mensagem se destina) também precisa entender!!!
E isso pode parecer muito simples, mas não é! É muito comum que aconteçam os chamados ruídos na comunicação. Isso se dá porque não basta usarmos o mesmo código (o nosso idioma); quando falamos algo, estamos carregando essa mensagem com sentimentos através de expressões faciais, tom de voz, gestos…. E aquele que ouve, recebe e decifra o que foi dito a partir de uma perspectiva que é só dele, que se formou através das suas experiências de vida, os seus ensinamentos familiares, a sua cultura…
Vamos ver alguns exemplos:
Dois colegas de escritório estão trabalhando juntos no desenvolvimento de um projeto. Em um dado momento, um deles pergunta como ele prefere que o relatório seja estruturado: em texto corrido ou em tópicos. O outro responde um sonoro: faça como você achar melhor! Para o primeiro, essa frase demonstrou falta de interesse e de gentileza do colega ao tratar de um assunto importante; já o segundo, achou que dessa forma dava maior liberdade ao colega para que, na sua concepção, tinha um maior conhecimento e habilidade na hora de escrever relatórios.
Percebeu como, apesar de ambos falarem uma mesma língua (o português!), a comunicação não aconteceu por completo?
Na semana que vem falaremos mais um pouco sobre a comunicação!