Muitas mulheres brasileiras possivelmente já passaram por alguma experiência com a pílula do dia seguinte. Mesmo com a camisinha — que é indicada, principalmente, para prevenir doenças sexualmente transmissíveis — e o anticoncepcional, sendo os dois métodos mais comuns, alguns imprevistos podem acontecer e o uso do comprimido pode ser a melhor opção para quem não quer engravidar. No entanto, é preciso compreender qual a relação da pílula do dia seguinte e os efeitos colaterais.
Foi pensando na necessidade de levar boas informações e de forma objetiva que trouxemos esse conteúdo. Aqui você verá o que é a pílula do dia seguinte, qual a sua composição, como ela atua no organismo, quais são os possíveis efeitos colaterais e se é possível engravidar mesmo tomando o medicamento. Acompanhe!
O que é a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, ou seja, ao contrário do que muitos pensam, ela não substitui os métodos tradicionais, como camisinha, anticoncepcional, DIU, laqueadura, vasectomia, entre outros — por isso, ela deve ser ingerida em apenas situações de risco. O medicamento é vendido em farmácias e deve ser usado para evitar a gravidez após uma relação sexual desprotegida.
Qual é a sua composição?
As pílulas do dia seguinte apresentam duas opções de composição: uma apenas com progestógeno ou outra com progestógeno e estrógeno juntos — esses são hormônios parecidos com os que já se tem naturalmente no corpo da mulher: a progesterona e o estrogênio. Eles funcionam impedindo ou retardando a liberação dos óvulos do ovário e não têm efeito caso a mulher já esteja grávida.
Para que serve a pílula do dia seguinte?
O uso da pílula é recomendado quando a mulher tem uma relação sexual desprotegida, como:
- rompimento de preservativo;
- quando a mulher erra a data do anticoncepcional e esquece de tomá-lo;
- cálculo incorreto do período fértil;
- casos de violência sexual.
A pílula não pode ser usada constantemente como um método preventivo, apenas em caso de necessidade, pois, além de conter uma quantidade muito grande de hormônio, ela também pode perder a sua eficácia.
Como o medicamento atua no organismo?
Caso a mulher ainda não tenha ovulado, a pílula atrasa ou inibe a ovulação e faz com que o muco cervical fique mais espesso, sendo esse um empecilho para que o espermatozóide alcance o óvulo.
A pílula, quando tomada na segunda fase do ciclo menstrual, também faz com que o endométrio — camada interna do útero — fique pouco receptivo para a gestação, pois altera a mobilidade do óvulo na tuba uterina.
Quais os possíveis efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?
Como a quantidade de hormônio presente em uma pílula do dia seguinte é grande e vai muito além do que o nosso corpo produz, alguns efeitos colaterais podem ocorrer, como:
- dor de cabeça;
- náusea;
- menstruação dolorosa e/ou irregular;
- tontura;
- diarreia;
- dor abdominal;
- dor nas mamas;
- cansaço excessivo.
Além de todos esses sintomas, deve-se considerar que a sua menstruação pode atrasar de cinco a sete dias. Se o período de atraso for maior que esse, é importante fazer o teste de gravidez.
Esses sintomas estão ligados aos efeitos colaterais do medicamento, então é importante ter atenção ao seu corpo e fazer anotações sobre a característica da menstruação até que o seu ciclo se regularize ou volte ao que era antes. Esses dados podem ser levados ao seu ginecologista para a próxima consulta, para isso, saiba onde estão as áreas médicas atendidas pelo Cartão de TODOS.
Quando pode ser usada?
É recomendado que se tome a pílula quando houver uma relação desprotegida e o quanto antes possível, pois assim a probabilidade de sucesso é bem maior. No entanto, é possível tomar a pílula em até 72 horas após a relação sexual.
A pílula pode ser tomada em qualquer dia do ciclo menstrual e pode ser ingerida junto com água e outros alimentos. Porém, ela não é recomendada caso a mulher já esteja passando por um atraso menstrual. Se houver vômito ou diarreia durante as três primeiras horas da ingestão da pílula do dia seguinte, é importante tomar outra imediatamente.
Outra informação importante é: se a mulher estiver fazendo o uso recorrente de anticoncepcionais, não há a necessidade de interromper o uso, basta continuar tomando normalmente, porém é indispensável usar camisinha ou diafragma durante as relações sexuais até a próxima menstruação.
Quais são as principais dúvidas sobre a pílula do dia seguinte?
Algumas dúvidas podem surgir com o uso ou a intenção de uso do medicamento. Veja as principais!
Quando a pílula não é indicada?
A administração da pílula não é indicada para mulheres com suspeita de gravidez, mulheres grávidas ou que estão em processo de amamentação. Além disso, é importante ter atenção ao uso junto com outros medicamentos, pois alguns podem reduzir a sua eficácia.
É possível engravidar após tomar a pílula do dia seguinte?
Mesmo sendo indicada para evitar a gravidez, a pílula do dia seguinte não é 100% eficaz, principalmente se for tomada depois das 72 horas estipuladas. Porém, se ingerida no mesmo dia da relação, as chances da mulher engravidar são quase mínimas.
O que acontece se houver o uso recorrente das pílulas do dia seguinte?
Se a pílula for tomada com recorrência, por exemplo, duas ou três em um mês, provavelmente haverá uma redução considerável do seu efeito contraceptivo e ainda pode aumentar o risco de doenças como trombose, embolia pulmonar entre outras doenças relacionadas à mulher.
A pílula do dia seguinte funciona no período fértil?
A pílula atua em todos os períodos do ciclo menstrual e, por isso, funciona no período fértil feminino, mas, durante essa fase, a probabilidade do seu efeito pode ser menor, principalmente, se a mulher já tiver ovulado antes de tomar o comprimido. Então, nesse caso, o contraceptivo atuará evitando com que o espermatozóide chegue até o óvulo, mas ainda sim existe o risco maior de que a gravidez ocorra.
Notou como a pílula do dia seguinte e seus efeitos colaterais podem influenciar na vida da mulher? Por isso, é muito importante que seu uso seja esporádico e apenas em situações de emergência.
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