Você sabe o que é agorafobia? Esse nome pode parecer estranho para muitas pessoas, mas praticamente todo mundo já presenciou ou vivenciou um episódio desse tipo. Caso não, é possível entendê-lo facilmente.
A agorafobia é conhecida como o medo de multidões. O medo excessivo de não encontrar o local de saída de um lugar, de estar em uma situação em que não é possível fugir facilmente e a sensação de ansiedade em ambientes cheios de pessoas são as questões que caracterizam esse transtorno.
Neste post, vamos explicar melhor do que se trata a agorafobia, quais são as suas causas, como identificá-la e, principalmente, como é feito o tratamento. Acompanhe e saiba mais sobre o assunto!
O que é agorafobia?
Vale destacar que a agorafobia é um tipo de ansiedade. Seus sintomas se parecem muito com a Síndrome do Pânico, pois são caracterizados por um medo exagerado e irracional diante de cenários sociais que fogem do controle de um indivíduo.
Na maioria das vezes, a agorafobia tem a ver com ambientes públicos com muitas pessoas. A sensação de estar no meio de tanta gente faz com que a pessoa busque espaços mais reservados ou queira se retirar do lugar.
Tudo isso acontece, principalmente, por um medo inconsciente da privação de liberdade, do constrangimento ou da impotência. Por conta disso, causa uma reação de fuga, provocada pelo aumento da ansiedade em qualquer cenário que apresente sinais que ativem os seus medos.
O que pode causar?
As causas da agorafobia podem ser variadas. No geral, as situações capazes de provocar crises são:
- estar em espaços públicos fechados, como cinema, salas de aula, baladas e lojas;
- estar em espaços abertos, porém, movimentados, como mercados, filas, shows, estacionamentos;
- sair de casa sem companhia;
- estar em um transporte público, principalmente se estiver lotado.
Como descobrir a sua origem?
A raiz desse problema pode estar em traumas de infância, insegurança, baixa autoestima, medo de julgamento e diversas outras questões. A única pessoa que pode investigar as origens para esse medo é o próprio paciente.
Por conta disso, o acompanhamento psicológico, como a psicoterapia, pode ajudar a entender melhor as origens e trabalhar em soluções. Além disso, o autocuidado mental é capaz de gerar a redução dos sintomas e prevenir que o transtorno chegue a níveis que interfiram nas atividades cotidianas do paciente.
Quais os sintomas?
Os sintomas da agorafobia são muito parecidos com uma crise de pânico. Afinal, também se trata de um tipo de transtorno de ansiedade. O que muda é que os gatilhos para desencadear essa reação são conhecidos e estão relacionados a ambientes com muitas pessoas.
Sendo assim, a agorafobia é um transtorno que pode se manifestar tanto de forma psicológica como física, tratando-se de um problema psicossomático. A seguir, veja quais são os principais sinais do distúrbio!
Físicos
No corpo, reações ao aumento da frequência cardíaca e pressão arterial são as mais comuns. Isso acontece, principalmente, por conta da elevação dos níveis de neurotransmissores agindo no cérebro quando uma pessoa está em uma situação que causa ansiedade, como é o caso do glutamato e da noradrenalina.
Por conta disso, é possível sentir um aperto no peito, por conta do aumento da passagem sanguínea, assim como o formigamento no corpo e calafrios. Além disso, essa mudança fisiológica repentina pode fazer com que a pessoa sinta tonturas. Vale destacar que o excesso de pensamentos ansiogênicos, diante da presença em ambientes cheios, contribui também para o surgimento desse sintoma.
Psicológicos
Os sintomas de ordem psicológica são voltados ao aumento da ansiedade. Isso significa que pensamentos negativos e de medo surgem com mais frequência durante uma crise.
É comum também ter a sensação de que vai morrer, mesmo que não seja explicada e que a pessoa não esteja em risco algum. Esse é um dos sintomas causados pela ansiedade para fazer com que o corpo se defenda de um potencial perigo.
No entanto, em casos de transtorno, esse sintoma surge de forma aleatória, quando a integridade física da pessoa não está em risco. O medo de ficar só também é comum e tem essa mesma explicação.
Como diagnosticar o problema?
Prestar atenção nesses sintomas e nos contextos em que eles aparecem é fundamental para que o diagnóstico seja feito. Assim, é possível relatá-los para o profissional de saúde, a fim de que ele entenda do que se trata o caso.
Afinal, como visto, a agorafobia pode se manifestar de forma bastante semelhante à Síndrome do Pânico ou qualquer outro transtorno de ansiedade. Por esse motivo, quando o profissional conhece o contexto, pode relacionar diretamente ao transtorno correto, em vez de considerar os outros distúrbios.
A agorafobia pode ser diagnosticada e acompanhada por profissionais, como um psiquiatra e um psicólogo. No entanto, vale ressaltar que apenas o primeiro pode prescrever medicamentos, se for necessário para o caso.
Como tratar a agorafobia?
O tratamento da agorafobia vai variar de acordo com a intensidade de seus sintomas. Caso uma pessoa apresente manifestações muito intensas, a ponto de prejudicar severamente a sua qualidade de vida e a realização de atividades cotidianas, é comum que uma medicação seja prescrita pelo psiquiatra.
Em casos mais leves, apenas o acompanhamento psicológico é o suficiente. É interessante destacar também que fazer psicoterapia é um tratamento excelente para todos os tipos de quadros de ansiedade, independentemente da intensidade dos sintomas e de outras práticas terapêuticas adotadas.
Meditação, técnicas de respiração e prática regular de atividades físicas também podem ajudar a aliviar a intensidade dos sintomas e a manter o autocuidado no dia a dia, prevenindo diversos outros problemas de saúde mental, física e espiritual.
O importante mesmo é que o tratamento seja realizado por um profissional especializado. Além disso, é fundamental que o paciente siga corretamente as orientações recebidas. Com isso, é possível ter uma melhora no quadro e prevenir os sintomas de ansiedade diante de situações com muitas pessoas em um mesmo ambiente.
Agora que você já sabe o que é agorafobia e quais são as principais características dessa doença, lembre-se de que o tratamento é fundamental para todas as pessoas. Assim, é possível ter mais bem-estar e qualidade de vida em todas as situações cotidianas, além de uma maior atenção à saúde mental.
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