De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 285 milhões de pessoas no mundo sofrem de algum problema de visão. Entre as condições, estão os erros de refração, encontrados em 20% das crianças por motivos genéticos. Os mais encontrados são miopia, astigmatismo e hipermetropia.
Todos ocorrem por uma razão e exigem o diagnóstico e acompanhamento médico de um oftalmologista. Mas o que é cada um desses erros de refração? Para saber mais sobre essas condições, seus sintomas e diferenças, continue a leitura desse artigo.
O que são astigmatismo, hipermetropia e miopia?
O astigmatismo é uma situação provocada por uma curvatura irregular da córnea. Ele pode fazer com que dois pontos focais sejam criados em dois locais distintos, embaçando a imagem de objetos de perto e de longe.
A hipermetropia, por sua vez, é quando uma imagem de um objeto distante fica focada atrás da retina, de modo que os objetos fiquem embaçados, mesmo quando de perto.
Já a miopia, ao contrário da hipermetropia, é quando uma imagem de um objeto distante fica focada na frente da retina, deixando a visão de longe borrada. Inclusive, é um problema de visão comum entre crianças, cujo tratamento se resume em lentes de contato ou óculos.
O que são os erros de refração e quais as causas?
Os erros de refração são uma variedade de padrões de herança genética. Ela pode ser de pai para filho (dominante), de pais para filhos (recessivo) ou uma combinação de múltiplos fatores, envolvendo a genética e o ambiente.
Erros refrativos também são comuns em crianças com certas condições genéticas, como síndrome de Marfan e síndrome de Down.
O astigmatismo, a hipermetropia e a miopia são os erros de refração mais comuns. Todos eles afetam a visão e podem exigir lentes corretivas, desde que aconselhadas e acompanhadas por médico especialista.
Astigmatismo
O astigmatismo é uma deformidade da córnea, que apresenta uma curvatura irregular da córnea. Ele pode fazer com que dois pontos focais sejam produzidos em dois locais distintos, de modo que os objetos de perto e de longe fiquem embaçados.
- O astigmatismo pode causar fadiga ocular e ser combinado com miopia ou hipermetropia.
- Pode começar na infância ou na idade adulta.
- Alguns sintomas incluem dor de cabeça, cansaço visual e/ou fadiga.
- Se a correção for necessária, a visão tende a ser mais nítida e consistente com óculos do que com lentes de contato.
Hipermetropia
A hipermetropia é o erro de refração no qual uma imagem de um objeto distante fica focada atrás da retina. Isso acontece porque o eixo do globo ocular é reduzido ou o poder de refração do objeto é enfraquecido.
Esse quadro faz com que objetos próximos fiquem desfocados e pode causar dores de cabeça, cansaço visual e/ou fadiga. Apertar e esfregar os olhos, falta de interesse na escola e dificuldade na leitura são sinais frequentemente vistos em crianças com hipermetropia.
Óculos ou lentes de contato podem ajudar a corrigir ou melhorar a hipermetropia, ajustando o poder de foco na retina.
Miopia
A miopia é um quadro de visão provocado pelo foco da imagem na parte frontal da retina, seja porque o eixo do globo ocular é estendido, seja porque o poder de refração do objeto é muito forte. Isso é o oposto da hipermetropia.
- A miopia é o erro refrativo mais comum observado em crianças.
- Essa condição faz com que objetos distantes pareçam fora de foco e pode causar dores de cabeça e/ou cansaço visual.
- Você pode notar que seu filho se senta perto da televisão e, muitas vezes, aperta os olhos para ver melhor os objetos distantes.
- Óculos ou lentes de contato podem ajudar a corrigir ou melhorar a miopia, ajustando o poder de foco na retina.
Afinal, qual a diferença entre miopia, astigmatismo e hipermetropia?
A principal diferença entre essas situações é que são três erros refrativos distintos. Logo, pessoas com miopia terão visão turva a longas distâncias, enquanto quem tem astigmatismo terá visão turva a qualquer distância. Já na hipermetropia, a visão de perto fica fora de foco, exatamente o contrário da miopia.
Quais os sintomas e primeiro diagnóstico de miopia, astigmatismo e hipermetropia?
Há uma série de sinais e sintomas que podem indicar a existência de um problema de refração e que, portanto, seriam um motivo para consultar seu oftalmologista:
- visão embaçada;
- olhos piscando constantemente;
- dor de cabeça e pálpebras pesadas;
- olhos vermelhos frequentes e ardor;
- a criança se aproxime de objetos ou não consegue ler o quadro na escola;
- inclinar a cabeça para a frente para focar o olhar (torção do pescoço/torcicolo).
Primeiro diagnóstico
O primeiro exame oftalmológico deve ser realizado no nascimento por um pediatra, a fim de descartar a presença de anormalidades estruturais ou problemas oculares congênitos graves.
Mais tarde, apesar de não haver sintomas aparentes, um exame oftalmológico completo por um especialista é aconselhado por volta dos 2 ou 3 anos de idade. O objetivo é avaliar os segmentos anterior e posterior do globo ocular, detectar possíveis erros de refração e verificar saúde ocular para descartar a presença de estrabismo.
A necessidade de novas consultas depende do diagnóstico desse primeiro exame. Posteriormente, mesmo que nenhuma patologia seja encontrada, o acompanhamento anual é recomendado até a idade de 8 ou 9 anos, quando o aprendizado visual está completo.
A partir desta idade, o médico pode aumentar o intervalo para 2 anos entre cada consulta, até que a criança atinja a maioridade.
Por que o acompanhamento com o oftalmologista é fundamental?
O tratamento para erros refrativos na infância, como hipermetropia, miopia e astigmatismo, é o uso de óculos. Para as crianças, é importante que esses acessórios sejam bem ajustados, confortáveis e estáveis. Em casos especiais, as lentes de contato podem ser usadas como tratamento.
Dependendo se a criança tem ou não olho preguiçoso, conhecimento por ambliopia, a terapia de oclusão (normalmente com adesivo) será ou não indicada. O uso da oclusão dependerá de cada caso, conforme a idade, o grau de ambliopia, entre outros pontos.
Por isso, vale lembrar que o diagnóstico e o tratamento de miopia, astigmatismo e hipermetropia devem ser feitos com o acompanhamento de um oftalmologista.
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