Um assunto muito falado atualmente é o autismo. Graças à expansão do conhecimento e das informações, o preconceito tem sido deixado de lado e a criança autista ganha lugar na sociedade, onde merece e deve estar.
Mas nem sempre é fácil para a família lidar com um diagnóstico positivo de uma criança com espectro autista. Para ajudar você nessa compreensão e aceitação, preparamos este artigo especial. Acompanhe e saiba mais!
O que é autismo?
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição que tem como característica:
- déficit de comunicação social: tanto na socialização como na comunicação verbal e não verbal;
- déficit de comportamento: como hiperfoco ou interesse restrito e movimentos repetitivos.
Quais os níveis de intensidade?
A intensidade do autismo é dividida em três níveis, que veremos a seguir.
Nível 1 — Autismo leve
As pessoas que se enquadram nesse nível podem apresentar dificuldades em situações sociais e comportamentos restritivos ou repetitivos. Elas precisam apenas de mínimo suporte em suas atividades diárias.
Isso porque são capazes de se comunicar verbalmente, mas podem ter dificuldade em manter uma conversa e fazer amigos. Elas preferem seguir rotinas estabelecidas e sentem desconforto com mudanças.
Nível 2 — Autismo moderado
As crianças têm mais dificuldade com habilidades e situações sociais. Podem ou não se comunicar verbalmente, mas suas conversas são curtas ou apenas sobre tópicos específicos. Muitas vezes, elas precisam de suporte para participar de atividades em grupo.
O comportamento não verbal também apresenta dificuldades. Inclusive, pessoas autistas podem não olhar diretamente para quem está falando com elas e não conseguem expressar emoções pela fala ou expressões faciais.
Nível 3 — Autismo severo
Quem se encontra nesse nível precisa de muito apoio, pois é a forma mais grave de TEA. As características mais comuns são: dificuldade significativa na comunicação e nas habilidades sociais, com comportamentos restritivos e repetitivos que atrapalham sua dependência.
Algumas crianças conseguem se comunicar de modo verbal, mas a maioria não fala ou usa poucas palavras. Elas não se dão bem com surpresa, tendem a ser excessivamente ou pouco sensíveis a certos estímulos sensoriais. Além disso, precisam de muito suporte para conseguir conquistar habilidades importantes.
Como saber se a criança tem autismo?
Para um diagnóstico preciso é necessário consultar um pediatra especialista, que poderá ter o apoio de um psicólogo, mas alguns fatores e comportamentos podem ser sinais de alerta, como:
- não demonstrar interesse pelas pessoas, não levantar o braço para pedir colo e não sorrir ao ver os pais ou pessoas próximas;
- falta de contato visual e costume de não olhar para os lugares indicados;
- dificuldade para se relacionar com outras crianças e preferência por brincar sozinha;
- movimentos e ações que se convertem em estereótipos.
Como os pais podem lidar com uma criança autista?
O importante depois de um diagnóstico positivo é saber que a criança com TEA continua sendo uma criança como todas as outras. Essa é a primeira e mais importante dica, mas a família também precisa:
- buscar apoio de terapeutas e grupos de pais e família de crianças autistas;
- manter contato com a escola e com os espaços de socialização da criança;
- procurar entender a condição da criança;
- preparar-se para suprir as necessidades do pequeno.
Como são feitos os testes?
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a utilização da escala M-CHAT. Esse teste é composto por 23 questões do tipo sim ou não, respondidas pelos pais ou responsáveis de crianças entre 16 e 30 meses de idade durante a consulta pediátrica.
Permitir que a inclusão da criança autista comece na própria casa é fundamental. Com nossas dicas e as informações certas, a família pode aprender a lidar da melhor forma com o espectro autista e buscar uma melhor qualidade de vida para o pequeno em sociedade.
Achou o conteúdo interessante? Compartilhe nas redes para que outras famílias saibam como ter uma melhor experiência com crianças autistas!