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Conheça a síndrome do intestino irritável e o seus sintomas

10 de março, 2021

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Poderíamos dizer que a síndrome do intestino irritável está entre as principais doenças gástricas. No entanto, isso seria um equívoco justamente por se tratar de uma síndrome, caracterizada pela associação de uma série de sinais e de sintomas específicos.

Mas por que ela é chamada de “irritável” e quais são os sintomas mais frequentes apresentados pelas pessoas que sofrem desse mal? É o que nós explicaremos a partir de agora. Confira na sequência!

O que é a síndrome do intestino irritável?

Em um primeiro momento, é importante entender que uma síndrome não exibe vestígios vinculados a lesões ou a processos inflamatórios. Isso a diferencia de uma colite, que inflama o intestino.

Diante disso, surgiu a necessidade de usar outra expressão, capaz de explicar o efeito (de irritação, mesma sensação da dor de uma infecção urinária, por exemplo) sentido pelo órgão.

No caso, o intestino fica “irritado” devido a uma anomalia nos movimentos de relaxamento e de contração dos músculos presentes na região — tanto do cólon (pertencente ao intestino grosso) como de outras áreas do tubo digestivo.

Quais são as causas do transtorno?

Antes, havia a crença de que o problema era exclusivamente derivado de alterações emocionais vivenciadas pelo indivíduo. Porém, essa visão médica era um tanto quanto vaga, o que mudou após o amparo de pesquisas. Por meio delas, foi possível ser mais preciso quanto ao papel das emoções na referida síndrome.

Graças a esses estudos, já se sabe, por exemplo, que nós temos uma espécie de segundo cérebro (com um sistema nervoso à parte) no intestino. Há, inclusive, hormônios (e seus respectivos receptores) semelhantes àqueles identificados no sistema nervoso central.

Outro ponto importante para a descoberta das causas da síndrome é o fato de termos um nervo chamado vago, integrante do sistema nervoso autônomo parassimpático, que passa pelo tubo digestivo. Ocorre que esse nervo está correlacionado ao hipotálamo, área cerebral que, entre outras coisas, controla os impulsos associados às emoções.

Lembra dos hormônios, que mencionamos há pouco? Eles são os grandes responsáveis pela secreção e pela movimentação do tubo digestório. Como existe uma interligação entre esse tubo e o hipotálamo, chegou-se à conclusão de que os movimentos realizados na região sofrem, sim, influência emocional.

Uma vez que o intestino esteja com a tal síndrome, os movimentos do órgão feitos com a finalidade de eliminar as fezes ficam descoordenados. Em uma tentativa frustrada de retomar à normalidade do processo de excreção, o intestino começa a exercer uma força desproporcional. O resultado dessa ação acarreta o aparecimento dos sintomas, citados logo abaixo.

E quanto aos sintomas?

Como já acontece com outras doenças e síndromes, os sintomas típicos da síndrome do intestino irritável se confundem com outros, encontrados no diagnóstico de patologias ou complicações diferentes.

O que você pode fazer é se atentar a estes sintomas e, se necessário, buscar ajuda médica especializada:

  • cólicas;
  • extensão abdominal;
  • gases;
  • muco nas fezes;
  • diarreia ou constipação intestinal;
  • sensação de inchaço.

Repare que, quanto maior o período de jejum, como o intervalo enquanto o indivíduo está dormindo, maiores tendem a ser os movimentos do intestino voltados à evacuação. Isso significa que, geralmente, o período matutino costuma ser bem problemático para as pessoas que manifestam os sintomas da síndrome.

A depender do estado emocional, elas ficam propensas a desenvolver ansiedade crônica ou até mesmo insônia — já preocupadas com a manhã do dia seguinte.

Qual é a importância de buscar um médico?

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Ao notar um ou mais sintomas da síndrome do intestino irritável, você deve procurar por um profissional médico da área de gastroenterologia. Esse cuidado é essencial para que o diagnóstico seja o mais minucioso possível.

Caso haja algum equívoco, o tratamento dificilmente surtirá o efeito esperado, além do risco de complicar ainda mais a vida da pessoa que estiver aflita com o problema.

Soma-se a isso o perigo de se ignorar uma doença orgânica de maior gravidade e que, se não tratada adequadamente e no tempo certo, pode alcançar dimensões difíceis de serem contornadas.

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico é relativamente simples e pautado na exclusão dos sintomas levados em consideração. Há também um detalhe no que diz respeito à faixa etária do paciente e ao histórico familiar de doenças do intestino. Se a pessoa estiver com idade acima dos 50 anos, a atenção voltada aos resultados dos exames deve ser maior.

Isso porque, em caso de detecção de sangue nas fezes somada ao registro de doenças intestinais na família, talvez haja uma patologia perigosa em curso. Em tais circunstâncias, será necessária a execução de uma colonoscopia urgente, a fim de verificar o órgão de uma maneira mais abrangente.

Por outro lado, pacientes com idade inferior a 50 anos, com histórico familiar favorável e sem a presença de sangue nas fezes podem, inicialmente, ficar mais tranquilos. Observe, entretanto, a importância de analisar alguns aspectos com calma. Dessa maneira, evitam-se conclusões precipitadas.

Por esse motivo, é comum que o indivíduo seja submetido a exames que apontem um quadro anêmico causado pela perda de ferro. Desde que todos os resultados sejam positivos, o tratamento consiste na administração de remédios. Assim como acontece com outras doenças, é fundamental que o médico (o gastroenterologista) acompanhe o progresso do caso para confirmar a eficácia do tratamento adotado.

Por sinal, o período de monitoria do efeito do medicamento é breve. Em cerca de um mês, os compostos da medicação já devem provocar alguma resposta positiva do organismo. Detalhe: novamente, a ausência de resposta esperada levará o paciente para a realização do exame de colonoscopia. A preocupação é a mesma de antes: da existência de uma doença intestinal que mereça um olhar mais acurado.

O que acontece após a colonoscopia?

Cabe salientar que a colonoscopia não é um exame capaz de averiguar a saúde do intestino delgado. Em outras palavras, o fato de o resultado ser negativo não deve ser usado como argumento para descartar a possibilidade de alguma outra doença preocupante.

Em todo o caso, o médico dará continuidade ao tratamento da síndrome do intestino irritável à espera de sinais de melhora do quadro. Caso isso não aconteça, será necessário analisar o intestino delgado.

Aqui, a ideia reside em detectar anomalias relativas à absorção alimentar. Se houver intolerância com relação a determinados tipos de alimentos, isso precisa ser investigado. Como o intestino está profundamente ligado a problemas de imunidade baixa, esse fator merece igual atenção.

Como você pôde ver, a síndrome do intestino irritável causa muitos transtornos às pessoas acometidas por esse mal. Vale destacar que, embora o tratamento medicamentoso não seja necessariamente pelo resto da vida, ele costuma ser refeito à medida que os sintomas se manifestem.

A prescrição, portanto, dependerá do estado atual do paciente e do nível de desconforto que ele estiver sentindo. Simultaneamente, a escolha dos alimentos também precisa ser mais cuidadosa. De qualquer forma, a busca por um especialista em síndrome do intestino irritável e a realização do tratamento é vital para que se consiga levar uma vida saudável.

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