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Comunicação na prática

9 de November, 2020

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 Comecemos analisando o esquema a seguir:

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Sempre que estabelecemos algum tipo de comunicação – mesmo que seja um simples “Bom dia” ao entrar no ônibus pela manhã – todos os elementos acima estão presentes.

Vamos entender cada um deles:

 <   Emissor: aquele que transmite a mensagem.

 <   Receptor: aquele a quem a mensagem se destina. (aqui vale ressaltar que, em um diálogo, essas posições se alternam, certo?)

 <   Mensagem: é o texto em si, aquilo que está sendo produzido (seja através da fala, seja através da escrita) para transmitir uma determinada ideia.

 <   Contexto: são os elementos que “envolvem” essa mensagem – onde e quando isso está sendo dito, por quem, para quem, em que circunstâncias?

 <   Código: no nosso caso, a língua portuguesa, mas poderia ser um outro idioma ou mesmo um outro código (como o código Morse, a língua do “P”, o código náutico etc.).

 <   Canal: é o meio usado para transportar a mensagem. Ou seja, ela é transmitida através da fala ou da escrita? Por telefone ou ao vivo? Você escreveu ou mandou um áudio no Zap?

Como esses elementos facilitam ou afetam a minha comunicação?

1) É importante conhecer o seu receptor:

 <   Cada um de nós possui uma história, uma cultura, hábitos e princípios. Não é porque moramos em um mesmo país (ou até em uma mesma cidade) que somos exatamente iguais.

– Jovens tendem a usar um vocabulário diferente daquele que é adotado por pessoas mais velhas;

– Mulheres e homens também se comunicam de formas distintas;

– Pessoas de diferentes origens e classes sociais apresentam formas diferentes de falar;

Quando estabelecemos comunicação, nosso objetivo deve ser o de transmitir a informação. Por isso, conheça o seu público e esteja atento a esses pontos.

 <   Escolha bem as suas palavras.

Algumas delas são carregadas de história e, por mais que tenham sido banalizadas, hoje estão sendo revistas. Por isso, termos como “denegrir”, “judiar”, “mulato/a”, “retardado/a” e expressões como “hoje é dia de branco”, “a dar com pau” ou “ter um pé na cozinha” precisam ser EXCLUÍDAS  do nosso vocabulário.

Por mais que a sua intenção não seja ofender, são palavras que machucam e reforçam preconceitos! Fique atento!

2) Fique atento ao código

E aí você pode me perguntar: mas não falamos todos o português?

Sim, mas as palavras e o uso que damos a elas variam em tempo e espaço, assim como de região para região, entre as classes sociais, gêneros e faixas etárias.

Gírias e jargões, por exemplo, quando não conhecidos por ambas as partes, acabam provocando ruídos na comunicação.

Além disso, nosso país tem proporções continentais e, muitas vezes, uma palavra que tem um significado usual em um determinado lugar, ganha outro completamente diferente em outra região.

Lembro de um caso bastante falado em que um palestrante foi falar em um estado diferente do dele. Em um dado momento, ele usou a palavra “perua”. Da cidade de onde ele vinha, o termo se referia às mulheres que gostam de se arrumar muito (o que já é um termo bastante pejorativo, vamos combinar?), mas no local em que ele estava, a mesma palavra é usada para se referir a prostitutas… Nem preciso dizer o tamanho da confusão, né?

3) Verifique o canal

A ligação está falhando – agora, em tempos de home office, a internet está oscilando –, o áudio ficou picotado, a articulação das palavras não ficou 100%, o texto foi com um erro de digitação…

É fundamental estar atento a essas possibilidades de ruído para que a comunicação não seja prejudicada. Senão você fala, fala, fala e, no final das contas, o seu esforço não serviu para nada…

Para evitar esse tipo de transtorno, peça sempre o feedback de quem está recebendo a mensagem. Verifique se a pessoa de fato entendeu o que está sendo dito e, caso não, reformule a mensagem para que o recado seja dado de forma completa.

4) Preste atenção no contexto

 <   Observe o seu tom de voz: para algumas pessoas, falar alto é sinônimo de desagrado ou falta de educação;

 <   Fale aquilo que pensa: para muitas pessoas, é nítido quando alguém fala uma coisa que não corresponde com a sua verdadeira visão sobre o assunto. O corpo fala o que a boca não diz. Por isso, ser verdadeiro é um excelente caminho. Mas, atenção: isso não significa ser desagradável; abra mão do “pronto, falei!”

 <   Perceba o clima: uma piada vai cair bem ou gerar desconforto? O momento pede seriedade ou descontração? Verifique se a forma como você está se comportando condiz com o momento ou se é inconveniente;

Exponha a sua visão sim, só que de forma clara e educada, escolhendo bem as palavras para não ofender ou provocar ruídos.

 <   Evite o excesso de sinceridade: a premissa básica aqui é: se ninguém te perguntou, não fale nada! Comentários sobre a aparência dos colegas e falas pejorativas ou maldosas não produzem nenhum resultado positivo! Caso alguém peça a sua opinião sobre assuntos pessoais, escolha o que dizer e como dizer.

Nos vemos na próxima semana!

 

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