Como se sabe, os tumores podem ser benignos ou malignos. No primeiro caso, o que acontece é apenas uma expansão celular fora do comum e sem graves consequências. No segundo, ocorre a replicação desenfreada de um determinado conjunto de células do organismo.
Entre os tumores malignos, um dos mais frequentes e temidos é o chamado câncer de próstata. Para se ter uma ideia do grau de incidência da doença no Brasil, a estimativa para o período que vai de 2020 a 2022 é que o câncer de próstata seja o tipo da doença mais recorrente no país.
O levantamento, que desconsidera os tumores de pele não melanoma, vale para todas as regiões brasileiras e foi feito pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar da Silva).
Diante disso, conhecer os sintomas e saber como tratar a doença é muito importante. Acompanhe!
O câncer de próstata
A próstata é uma glândula exclusiva do corpo dos homens, que se localiza em uma região inferior à bexiga, na parte anterior do reto e da uretra. Esta última, responsável por eliminar a urina do organismo, atravessa a próstata. Como o próprio nome indica, o câncer de próstata é um tumor maligno que ataca o referido órgão masculino.
À medida que a multiplicação das células cancerígenas da próstata atinge maior aceleração e ultrapassa a quantidade de células normais, as consequências negativas se ampliam. Geralmente, é aí que o indivíduo acometido pela doença passa a manifestar os seus sintomas característicos. Isso explica a relevância de se efetuar exames preventivos. Afinal, a realização de um diagnóstico precoce é fundamental para elevar as chances de cura.
As causas do câncer de próstata
Cabe dizer que não há causas propriamente ditas, e sim fatores de risco que contribuem para o aparecimento desse tumor maligno. Nesse sentido, um histórico familiar marcado pelo registro da doença acentua a probabilidade de desenvolvimento do câncer nos homens das outras gerações.
Conforme mostram as estatísticas, o risco pode chegar a dobrar, em comparação com aquele atribuído aos indivíduos do sexo masculino do restante da população — ou seja, sem presença de casos de câncer de próstata na família. Para quem tiver irmãos portadores da doença, esse risco tende a ser 7 vezes maior, aproximadamente. O cálculo se aplica aos pacientes com suspeita da doença que estiverem com idade inferior a 65 anos.
A adoção de uma alimentação desregrada também exerce certa influência no aparecimento do câncer de próstata. Entre os alimentos que devem ser evitados estão a carne vermelha em quantidades excessivas, assim como os alimentos altamente concentrados em gordura. Combinados com o consumo baixo de frutas, hortaliças e legumes, tais hábitos alimentares se tornam ainda mais perigosos.
Além disso, os homens que mantêm um ritmo de vida sedentário, somado a um quadro de obesidade, costumam apresentar versões mais agressivas de câncer de próstata. Repare, entretanto, que se trata somente de uma propensão, pois a relação entre o ganho de peso e o câncer de próstata ainda requer mais pesquisas.
De qualquer forma, isso não diminui a importância de conhecer algumas dicas para não engordar de maneira descontrolada. E isso sem contar que é possível adotar receitas que ajudam a combater o colesterol. Afinal, a obesidade está associada a muitas outras doenças.
Outros aspectos que apresentam relação com o câncer de próstata são:
- índices de estrogênio — altas quantidades dessa substância aumentam a possibilidade de desenvolvimento da doença;
- etnia — os negros exibem um maior número de casos, ao passo que os asiáticos estão entre os menos afetados;
- localização geográfica — de um modo geral, o câncer é mais incidente nos continentes europeu e americano. As ilhas caribenhas e a área da Oceania também merecem destaque;
- mutações genéticas — elas respondem pelo surgimento de vários tipos de câncer, incluindo o prostático.
Os sintomas do câncer de próstata
Em sua fase inicial, esse tipo de câncer ocupa lugar naquele grupo de doenças que chegam devagar e sem alarde. Basicamente, isso significa que o aparecimento de sintomas aponta para um estágio avançado do tumor. Eis alguns deles:
- dificuldade para urinar — atrelada a uma sensação de que a bexiga não é totalmente esvaziada após a micção (ação de expelir a urina do organismo);
- traços de sangue na urina;
- sensação de queimação na uretra;
- fadiga;
- dor nos ossos situados nas costas — normalmente, esse sintoma está intimamente relacionado ao processo de metástase (quando as células cancerígenas se espalham para outras áreas do corpo). Logo, trata-se de um indício de alta gravidade do quadro.
É interessante notar que, conforme a doença progride, o tumor cresce, o que resulta no aumento do nível de obstrução na saída da urina. Naturalmente, isso causa ainda mais desconforto para quem tem o câncer.
Exames para diagnosticar o câncer de próstata
O foco dos exames são os homens com idade ligeiramente avançada. Após passar a casa dos 50 anos, eles devem ser submetidos ao teste PSA (realizado por meio de uma amostra de sangue) e ao toque retal. No primeiro caso, o objetivo é detectar possíveis alterações do volume de uma determinada proteína. No outro, o intuito é verificar o crescimento exagerado da próstata.
Em qualquer uma das situações, eventuais anormalidades exigem realização de biópsia, a fim de observar se o tumor é, de fato, maligno. Ao se confirmar a presença de um câncer prostático, o médico deve encaminhar o indivíduo para outros exames. Eles servem para especificar o atual tamanho do tumor e verificar se há a ocorrência de metástase.
Motivos para fazer exames preventivos
Justamente por ser uma doença silenciosa, o câncer de próstata requer um diagnóstico precoce, decisivo para a eficácia do tratamento. O momento de começar os exames preventivos varia de acordo com a presença dos fatores de risco. Os homens com maior predisposição à doença devem iniciá-los aos 40 anos, enquanto os demais podem ser orientados a fazê-los a partir dos 50.
Tratamento
A prescrição do tratamento está vinculada ao estágio do tumor e à faixa etária do paciente. Se o avanço do câncer estiver em um ritmo desacelerado, é possível efetuar acompanhamento clínico mais de perto antes de optar por uma intervenção cirúrgica. A depender de cada caso, os procedimentos adotados no tratamento são:
- radioterapia;
- hormonoterapia;
- prostatectomia radical — consiste na retirada total das regiões afetadas pelas células problemáticas. Além da próstata em si, a cirurgia pode abranger as vesículas seminais.
A importância de procurar por um especialista o quanto antes
O urologista é o médico especializado no diagnóstico e na indicação de tratamento para doenças associadas ao sistema urinário, como a própria infecção urinária. Como atua na avaliação do sistema reprodutor masculino, ele também é o responsável por tratar problemas ligados a ele, como a ejaculação precoce e o câncer prostático.
Embora o câncer de próstata seja uma doença de alto risco para os homens, vale salientar que o diagnóstico precoce amplia muito a eficácia dos tratamentos disponíveis. Logo, a consulta regular com o urologista a partir das faixas etárias recomendadas é de extrema importância. O correto acompanhamento é decisivo para que o problema seja solucionado de um modo mais tranquilo e efetivo.
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