Saber o que é vitiligo é importante, pois isso ajuda a identificar os sintomas da doença precocemente e iniciar o tratamento adequado. Essa é uma doença classificada como autoimune, e suas características são o surgimento de manchas brancas na pele.
Neste tutorial, vamos ver o que é vitiligo, como reconhecer os seus sintomas, principalmente quanto às diferenças com as manchas na pele não relacionadas à doença.
Veja, então, quais são as causas que influenciam esse quadro, os tratamentos disponíveis e o momento certo para buscar ajuda médica. Boa leitura!
Afinal, o que é vitiligo?
O vitiligo é um problema que afeta a coloração da pele, pois ocorre a perda gradativa da pigmentação cutânea. Consequentemente, aparecem manchas claras em todo o corpo. Como alguns aspectos sobre o vitiligo ainda não estão totalmente esclarecidos, é praticamente impossível fazer uma previsão da extensão da doença quanto à perda da cor da pele.
No geral, essa condição pode afetar qualquer região do corpo, até mesmo o cabelo. Porém, o que mais se observa é a despigmentação da face, área ao redor dos olhos, costas, braços, cotovelo e mãos. Nos casos mais graves, o interior da boca e a genitália também podem ser afetados.
Mas vale destacar que o vitiligo não é contagioso e não representa um risco para a vida. Porém, essa doença tem implicações socioemocionais e pode afetar a autoestima do paciente. Isso requer uma assistência terapêutica mais completa, devido à associação da doença com gatilhos para o desenvolvimento de transtornos psicológicos.
Quais são os tipos de vitiligo?
A doença é classificada em dois tipos, que variam de acordo com a fase em que surge e o grau de comprometimento da pele do paciente. Observe!
Segmentar ou Unilateral
Afeta uma única área do corpo e costuma aparecer na juventude, antes de alcançar a fase adulta. O vitiligo Unilateral deixa os cabelos brancos devido à perda da coloração do fio.
Não Segmentar ou Bilateral
Mais comum, esse tipo se manifesta de forma generalizada e atinge ambos os lados do corpo. Geralmente, a doença aparece nas duas mãos, nos dois braços, nos dois pés, nos dois joelhos, e assim sucessivamente.
Inicialmente, as manchas brancas surgem nas áreas da pele de membros de extremidades, como mãos e pés. O vitiligo Segmentar pode ocorrer em ciclos que alternam fases de despigmentação com estagnação.
Como identificar o vitiligo?
Devido às suas características típicas, os sintomas dessa doença são facilmente reconhecidos, pois o principal sinal é o aparecimento de manchas brancas de diferentes tamanhos e formatos. As manchas apresentam bordas bem mais pigmentadas do que a pele normal e variam de poucos milímetros a vários centímetros.
Além da pele, a despigmentação pode afetar cabelos e pelos, que se tornam embranquecidos. As manchas costumam surgir mais na face, mãos e pés. Mas elas também podem atingir punhos, axilas, região lombar, a mucosa interna dos lábios, a gengiva e a asa do nariz.
Quais são as causas do vitiligo?
Não se sabe, ao certo, quais são os determinantes do vitiligo. Embora já existam pesquisas avançadas nessa área, ainda há muito o que esclarecer sobre o vitiligo. No entanto, cientistas, médicos e estudiosos dedicados à dermatologia associam o problema ao estresse crônico ou a traumas que acarretam um sofrimento psicológico muito intenso.
Como a doença tem relação com as reações autoimunes, muitos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento. No vitiligo, o sistema imunológico reconhece os melanócitos — as células responsáveis pela cor da pele — como corpos estranhos. Por isso, eles são eliminados e surgem as marcas claras pelo corpo.
Outra hipótese considerada é a associação do vitiligo com distúrbios da glândula tireoide, já que alguns pacientes com a doença também apresentam disfunção tireoidiana. Além disso, o diabetes e a insuficiência da glândula supra renal também podem ter ligação com a origem do vitiligo.
Existem fatores de risco para a doença?
Sim. Mas antes de falar sobre os grupos de risco, vale frisar que o vitiligo não é transmissível. Por isso, não se “pega” vitiligo de quem tem a doença. Ainda que a doença possa surgir em qualquer faixa etária — inclusive em crianças e idosos — ela está associada a questões autoimunes.
Mesmo que os estudos ainda estejam em andamento, o que se sabe até agora é que o vitiligo é mais comum em pessoas com os seguintes quadros:
- casos da doença na família;
- alterações autoimunes;
- doenças hereditárias;
- histórico de lesões na pele.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é baseado em uma criteriosa avaliação do paciente pelo dermatologista, médico que cuida dos problemas de pele. Na consulta, o profissional fará uma observação dos sinais e sintomas apresentados a fim de identificar as manchas esbranquiçadas do vitiligo.
No entanto, se houver outras doenças associadas, será necessário solicitar exames específicos para a complementação do diagnóstico. Em alguns casos, pode ser preciso realizar uma biópsia das manchas.
Como tratar o vitiligo?
Por ser uma doença autoimune, o vitiligo não tem cura. Porém, é possível fazer uso de certos medicamentos para estimular a produção de melanina nas regiões acometidas pela doença. Também é comum o uso de medicamentos à base de corticoides para conter o avanço da inflamação que pode estar presente.
Algumas técnicas cirúrgicas possibilitam a realização de transplantes terapêuticos para o melhor controle dos sintomas. Nesse tipo de procedimento, são retirados melanócitos de regiões saudáveis da pele do paciente e aplicados nas áreas afetadas pelo vitiligo. No entanto, essa cirurgia é indicada apenas para as manchas que não crescem há mais de 12 meses.
Quando procurar um médico?
É aconselhado procurar ajuda quando há a presença dos sintomas do vitiligo. Por esse motivo, a orientação é de se submeter à avaliação profissional quanto antes. O diagnóstico precoce favorece o controle dos sintomas e possibilita uma vida mais saudável, mesmo com a doença.
Como vimos, tão relevante quanto saber o que é vitiligo é reconhecer o momento de procurar auxílio médico. Vale destacar, também, a importância do apoio psicoterapêutico, pois esse problema pode causar transtornos emocionais e comprometer o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes.
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