Os contraceptivos orais estão entre os métodos mais populares para evitar a gravidez. A composição desses medicamentos varia bastante, com fórmulas que ajudam no controle da acne, inchaço e demais sintomas da TPM. Apesar dos benefícios, muitas mulheres questionam se o anticoncepcional pode causar trombose.
É uma pergunta importante a fazer antes de começar a tomar qualquer tipo de pílula. Afinal, com saúde e bem-estar não se brinca. Se você também tem dúvidas sobre o assunto, acompanhe as informações do artigo e descubra como tomar a melhor decisão!
Qual é a relação entre anticoncepcional e trombose?
O anticoncepcional pode causar trombose quando é formulado com dois tipos de hormônios: estrogênio e progesterona. Essa associação impede a liberação de óvulos pelos ovários e torna o muco cervical mais espesso, reduzindo a chance de fecundação.
Algumas pílulas, por outro lado, contêm apenas progesterona. Conhecidas como minipílulas, elas também deixam o muco cervical espesso e ainda tornam a parede interna do útero mais fina, o que dificulta a implantação de um óvulo possivelmente fecundado.
A relação com a trombose está apenas nos estrogênios que, ao passarem pelo fígado, geram substâncias que favorecem a coagulação do sangue. Assim, quem faz terapias de reposição de hormônios durante o climatério e menopausa também deve ter cuidado.
Os estrogênios presentes nos contraceptivos orais combinados têm efeito pró-coagulante. Isso significa que eles aumentam a chance de formação de pequenos coágulos, geralmente nas veias grandes das pernas.
O material coagulado resulta em trombos que podem obstruir a passagem do sangue. O perigo é maior quando algum coágulo se desprende e passa pela corrente sanguínea até chegar a órgãos importantes, como o pulmão, cérebro ou coração.
Fatores de risco
Ficou claro que o anticoncepcional pode causar trombose nas usuárias de pílulas combinadas (estrogênio e progesterona). Porém, outras condições aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como obesidade, tabagismo, gravidez, idade avançada, tumores malignos, cirurgia e sedentarismo.
A hereditariedade também é um fator a considerar, visto que algumas pessoas têm predisposição genética para trombose. Exames de sangue ajudam a identificar se há tendência para a formação de coágulos. Para as mulheres que tiverem resultado positivo, o ideal é evitar anticoncepcionais orais combinados.
Quais sintomas costumam ter relação com o problema?
Conhecer o próprio corpo é importante para perceber alterações e procurar ajuda médica. Muitas vezes, por conta da correria diária ou falta de atenção, não conseguimos enxergar o problema. Veja abaixo os sintomas que costumam indicar o início de uma trombose venosa:
- dores nos membros inferiores, ao tocá-los ou após permanecer muito tempo em pé;
- rigidez (endurecimento) na região afetada;
- alteração da cor da pele, que fica avermelhada ou com um tom azulado;
- sensação de calor e inchaço na área em que o coágulo de formou.
Vale lembrar que os sintomas tendem a ser súbitos, o que favorece a percepção rápida. Nos casos em que a trombose já evoluiu para uma embolia pulmonar, é comum a paciente sentir falta de ar aguda, reclamar de dores no peito ou nas costas e apresentar pressão baixa.
Quem utiliza contraceptivos orais combinados para evitar gravidez também deve ficar de olho nos sintomas que apontam para a presença de coágulos nas artérias. Isso porque o quadro pode evoluir para um AVC ou infarto do miocárdio.
Os trombos que atingem o cérebro causam dificuldade na fala, alterações visuais, dores de cabeça e até déficit de mobilidade. Se chegam ao coração, a paciente pode sentir dor no peito, arritmia, mal-estar, enjoo, dificuldade para respirar, suor frio e formigamento unilateral.
Como escolher o anticoncepcional mais adequado?
Efeitos adversos estão presentes em todos os medicamentos que usamos. Logo, não há motivo para transformar as pílulas em vilãs. O importante é sempre buscar informações confiáveis e orientação profissional para tomar a melhor decisão.
Ficou claro que o anticoncepcional pode causar trombose em alguns casos, principalmente quando associado aos fatores de risco da doença. Então, como encontrar o método contraceptivo mais adequado para cada pessoa? Confira alguns passos que você deve cumprir.
Agende uma consulta
A análise e o acompanhamento profissionais são cruciais antes de tomar qualquer remédio. Portanto, a primeira coisa a fazer é marcar uma conversa com seu médico para tirar o máximo de dúvidas: riscos, forma de uso, efeitos colaterais, benefícios, interações medicamentosas etc.
O especialista pode encaminhar você para a realização de um exame específico, a fim de identificar se tem predisposição genética para trombose. Essa é a melhor maneira de minimizar os riscos e, se preciso, optar por outro método contraceptivo.
Identifique suas necessidades
As pílulas combinadas podem ser formuladas com diferentes tipos de progestinas. Ainda que todas tenham efeito contraceptivo, cada uma gera benefícios específicos para o controle de sintomas indesejados. Há opções para diminuir o inchaço, oleosidade da pele, crescimento de pelos e até queda de cabelo.
É essencial, portanto, que cada mulher identifique suas necessidades e discuta essas questões com o médico. Diga o que a incomoda no dia a dia e pergunte se algum aspecto pode ser melhorado em sua rotina. Assim, fica mais fácil acertar na escolha do medicamento e combater características que afetam sua qualidade de vida.
Compare riscos e benefícios
Os laboratórios desenvolvem pílulas com diferentes combinações de hormônios e dosagens. Isso significa que a composição das cartelas pode variar bastante. Esqueça aquela ideia de comprar determinada marca apenas por indicação de amigas ou familiares.
O remédio ideal para você pode ser ruim para outra pessoa, e vice-versa. Frente a tantas opções, cabe aos médicos orientar suas pacientes e avaliar suas particularidades para comparar os riscos e os benefícios dos medicamentos.
Mulheres com tendência à trombose, por exemplo, sabem que os efeitos negativos superam as vantagens da pílula combinada. Nesse caso, o ideal é que priorizem medicamentos feitos somente com progesterona (minipílula) ou procurem outro método contraceptivo.
Como você viu, anticoncepcional pode causar trombose, mas é possível reduzir os riscos a partir de uma análise cuidadosa. Tanto a composição das pílulas quanto o estilo de vida da paciente devem ser considerados no momento de escolha, sempre priorizando o bem-estar e a saúde feminina.
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