O Governo de São Paulo anunciou na semana passada uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac para iniciar produção e testes em estágio avançado de uma vacina contra o Coronavírus.
O acordo prevê testagem em 9 mil voluntários no Brasil e fornecimento de doses até junho de 2021, caso a imunização se mostre eficaz e segura.
A vacina, chamada CoronaVac, já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China nas fases clínicas 1 e 2. Antes, já havia sido aprovada em testes de laboratório e em macacos. Com o controle da pandemia na Ásia, a empresa sediada em Pequim buscava cooperação com outros países para dar sequência à etapa final de testes.
Neste sábado (13), a Sinovac anunciou que a vacina em testes no laboratório para a Covid-19 induziu a produção de anticorpos em mais de 90% dos pacientes que receberam a dose.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, poucos meses após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no País, São Paulo vai liderar um ensaio clínico fase 3 e se preparar para iniciar a produção nacional de uma vacina promissora, que poderá ser disponibilizada em tempo recorde.
Com a formalização do acordo, o Butantan submeterá a proposta de ensaio clínico à aprovação dos comitês de ética e pesquisa. Após o aval, a testagem poderá ser iniciada em julho.