8 de março não é dia de flores ou bombons. É dia de luta. E não somos nós que estamos dizendo isso, é a história!
Desde a década de 1970, a Organização das Nações Unidas (ONU) – órgão internacional cujo objetivo é buscar a paz e a cooperação entre os povos – estabeleceu a data como dia para celebrarmos as conquistas feministas e, também, para discutirmos o que ainda falta para alcançarmos a tão desejada igualdade.
Feminismo: palavra que assusta
De uns tempos para cá, a palavra “feminismo” se tornou alvo de muitas críticas, sendo a maior parte delas fundada em uma ideia equivocada acerca do termo.
Ser feminista nada mais é do que a busca por direitos e oportunidades iguais para pessoas de todos os gêneros. É claro que a palavra é ampla e, tal como um grande guarda-chuva, esconde sob ela uma série de movimentos e grupos distintos que, muitas vezes, discordam entre si.
Você não precisa concordar com todos os discursos ou mesmo com a maneira como este ou aquele coletivo se manifesta. No entanto, isso não invalida a importância da ideologia feminista e da luta por direitos iguais.
4 conquistas do feminismo
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Direito ao voto:
Hoje, no Brasil, temos uma constituição que nos garante, em seu artigo 5º, a igualdade de todos perante a lei. Mas nem sempre foi assim…
Até o século XIX, a desigualdade entre gêneros era fomentada por uma série de leis restritivas que impediam as mulheres de terem os mesmos direitos sociais, políticos e civis que os homens.
As sufragistas fizeram história ao brigar pelo direito ao voto. As mulheres não podiam votar porque eram vistas como inferiores intelectualmente e, por isso, incapazes de fazer boas escolhas políticas.
O primeiro país do mundo a garantir essa igualdade foi a Nova Zelândia, em 1893. Nos EUA, a conquista do voto feminino se deu apenas em 1920, enquanto que, no Brasil, isso só veio a acontecer em 1932.
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Reconhecimento da igualdade perante a lei:
Após a 2ª Guerra Mundial, foi publicada, em 1945, a Carta da ONU.
O seu conteúdo tinha por objetivo estabelecer um tratado entre as nações estabelecendo o compromisso pela defesa dos direitos humanos de todos os cidadãos.
E por que essa carta é importante para o movimento feminista?
Porque ela é o primeiro documento que estabelece a igualdade entre todos os indivíduos, sem distinção de raça, sexo, idioma ou religião. Assim, a Carta da ONU determinou que homens e mulheres deveriam ser vistos como iguais em direitos e oportunidades.
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Direito a propriedade
A você, parece estranho que uma mulher deseje comprar um imóvel, mas seja impedida pela justiça pelo simples fato de ser casada?
Pois é, mas até 1962, no Brasil, mulheres casadas não podiam, legalmente, adquirir ou possuir propriedade própria. Ela deveria ser do marido, visto como o chefe da família.
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Lei Maria da Penha:
Em 1983, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes ficou paraplégica após seu marido tentar assassiná-la por duas vezes. O episódio aconteceu depois de mais de 2 décadas de agressões contínuas.
Maria da Penha lutou pela condenação do marido e, assim, se tornou símbolo da lei que condena a violência doméstica.
Sancionada em 2006, ela abrange:
Violência patrimonial;
Violência sexual;
Violência física;
Violência moral;
Violência psicológica
A partir de agora, todas as vezes que você vir a celebração do 8M, pense nas conquistas históricas e na luta das mulheres pela igualdade!