A Língua Portuguesa é um idioma de origem latina e galega; por isso, é rica em recursos linguísticos e apresenta uma estrutura gramatical complexa. É por esse motivo que muitas pessoas acabam tendo dúvidas sobre a grafia de uma determinada palavra, o uso dos porquês e em vários outros pontos.
Ter cuidado para evitar erros de português é fundamental, principalmente para melhorar o currículo e apresentar uma imagem mais profissional. Pensando nisso, trouxe alguns termos que muitas pessoas costumam confundir para você ficar de olho.
Quer saber como arrasar na escrita? Então, acompanhe este post e confira ótimas dicas de português.
Mais ou mas?
Começando pelo “mais”, esse é um advérbio de intensidade, assim como também pode ser utilizado como substantivo, preposição, pronome e conjunção. Geralmente, a principal aplicação desse termo é para indicar uma grande quantidade.
Por exemplo, na frase “a cada ano, essa árvore cresce mais”, a palavra indica o crescimento da árvore. Outro uso recorrente é para descrever intensidade, como em “Quero viajar economizando ainda mais”.
Já o “mas” é uma conjunção adversativa. Essa é uma boa palavra para utilizar quando desejar apresentar um contraste de ideias ou uma oposição. Em “Queria chegar mais cedo, mas perdi a hora”, é possível compreender melhor a ideia de aplicação dessa palavra.
Quer mais uma dica para saber quando utilizar o “mas” ou o “mais”? Tente substituir a palavra por “porém”. Se fizer sentido, o termo correto a ser aplicado é o “mas”. Caso contrário, use o “mais”.
Por que, porque, porquê ou por quê?
Outra das maiores dúvidas de português é sobre o uso dos porquês. De fato, é um pouco mais complicado identificar o termo correto para uso. No entanto, nada que algumas dicas não possam ajudar!
Porque
O “porque”, junto e sem acento circunflexo, é uma conjunção causal ou explicativa. Isso implica que você pode utilizar a palavra para se justificar ou para explicar uma causalidade.
Uma dica para saber se deve usar esse termo é substituí-lo por “por causa” ou “pois” em uma frase, como em “Preciso ter mais disciplina, porque quero terminar esse curso”.
Por que
O “por que”, separado e sem acento circunflexo, é dito ao iniciar uma pergunta. No entanto, é possível também utilizá-lo como pronome relativo. Nesse caso, o termo cumpre a função de substituir um substantivo, podendo ser trocado pela expressão “por qual” em uma frase.
Por exemplo, se alguém pergunta “Por que você não faz um curso profissionalizante?”, é possível responder “Não sei o motivo por que não faço”. Conseguiu entender melhor a aplicação do “por que” em uma frase?
Porquê
Agora, o “porquê”, junto e com acento circunflexo no “e”, age como um substantivo. Geralmente, ele serve para explicar algum fato, podendo ser substituído na frase por “motivo” ou “razão”.
Quer um exemplo prático? Então, observe a frase “Ainda não entendi o porquê de não ter ido bem na prova de matemática”. Perceba que se você disser “a razão” ou “o motivo” no lugar do “porquê”, o sentido continua o mesmo.
Por quê
Por fim, há o “por quê”, separado e com acento circunflexo. Assim como o outro “por que” separado, esse termo é utilizado em perguntas. No entanto, dessa vez, ele é aplicado no fim das frases.
Utilizando o mesmo exemplo dado anteriormente: “Você não faz um curso profissionalizante por quê?”. Veja que, ao mudar o local do “por que”, é alterada também a acentuação. Desse modo, sempre lembre que, ao finalizar uma frase com esse termo, é importante separá-lo e colocar o acento circunflexo.
Traz ou trás?
As palavras “traz” e “trás”, por terem uma grafia parecida, também são capazes de causar confusão. Apesar de serem escritas de uma forma semelhante, mudando apenas a última letra e a acentuação, o significado de cada uma delas é bem diferente.
“Traz”, com z no final e sem acento agudo, vem do verbo “trazer”. É por isso que deve utilizar a palavra quando quiser dar o sentido de deslocamento de algum objeto ou pessoa.
Veja alguns exemplos: “Por que você não traz o seu amigo aqui em casa?” ou “Traz o seu currículo amanhã?”. Em ambos, a letra final utilizada é o “z” e há o intuito de movimentar, levar ou conduzir algo ou alguém.
Já o advérbio “trás” se refere a um lugar. Você consegue perceber facilmente que o termo está sempre acompanhado de uma preposição, como “para”, “por” ou “de”, como em “Veja o que há por trás da cortina” ou “Que tal colocar esse lado do cachecol para trás?”.
Além disso, a palavra é escrita com a letra “s” no final e recebe acento agudo. Desse modo, é possível notar a diferença dos dois termos ao entender a intenção da frase. Para falar de um lugar, usa-se o “trás”, e para dar a ideia de deslocamento, é o “traz”.
Mal ou mau?
O “mal” e “mau” também são facilmente confundidos por conta da grafia parecida. E esses dois termos também apresentam significados semelhantes, com conotação negativa. Então, como fazer para diferenciá-los?
“Mal” é uma palavra que pode ser utilizada como advérbio, conjunção ou substantivo. Por exemplo:
- “Ainda estou me sentindo mal por causa do estresse de ontem”;
- “Mal acordei e já estou atrasado”;
- “Aquela comida me fez mal”.
Por outro lado, “mau” é um adjetivo. Dessa forma, a palavra é sempre utilizada para se referir a algo ou alguém, indicando uma qualidade ou defeito. “Meu amigo sempre é mau comigo quando está triste” é um exemplo de como aplicar o termo em uma frase.
Quer uma dica para diferenciar melhor ambos os termos? Pense nos antônimos. “Mau” é o oposto de “bom”. Já “mal” é o contrário de “bem”. Se você escrever com letra cursiva, a letra “e” tem um formato parecido com o “l”, não é mesmo? Isso também ajudar a relacionar “bem” com “mal”.
Gostou dessas dicas de português? Caprichar na gramática é fundamental para ter um bom desempenho nos estudos, no trabalho e na vida pessoal. Por isso, pratique sempre para escrever cada vez melhor!
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